domingo, 25 de julho de 2010

Técnico diz que Papão esta no rumo do título

Pode-se dizer que o técnico do Paysandu, Charles Guerreiro, é a imagem da calma no agitado ambiente da Curuzu. Com sua parcimônia, não se exalta em momento algum, mesmo quando tudo ao redor parece caminhar para o caos. E, com esse comportamento de um ‘pastor’, tem conseguido apascentar suas ‘ovelhas’ e seguir adiante. Nessa conversa, entre outros assuntos, o técnico revela que tem as portas abertas para trabalhar no Rio de Janeiro, mas ressalta que, antes disso, pretende levar o Papão à Série B e com um grande trunfo: o elenco está comprometido com ele.



Bola: Com o Thiago Potiguar jogando o fino da bola no ataque, já pensou no que fazer quando o Moisés voltar?

Charles: O importante é que nós conseguimos mais uma

situação aí que, se precisar para os jogos, nós temos, que é o Thiago. Mas ele já conversou comigo e falou que gosta de jogar mesmo lá no meio. Quando o Moisés voltar vamos fazer os treinamentos e, se os dois estiverem bem, vamos pensar no que fazer, para montar uma equipe forte.



B: Contra o Águia, o Paysandu vai com a moral de ter feito uma grande estreia. Isso aumenta a pressão por um resultado elástico?

C: Isso é normal. Conseguimos fazer uma grande apresentação com aqueles 6 a 2 (sobre o Rio Branco), mas não podemos achar também que todos os jogos do Paysandu serão golea-

da. Nós demos duas goleadas, uma contra o Águia no Paraense e agora, mas vamos trabalhar em cima disso, sabendo que todos os adversários são difíceis. Vamos jogar para ganhar, nem que seja por 1 a 0.



B: Desses jogadores que estão em testes junto ao time

profissional, qual deles têm te chamado atenção?

C: O Luan, que veio do Sub-17, mas precisa trabalhar muito ainda. Têm outros que estamos observando, mas nada para hoje. O Vinícius (trazido por Sandro), tem 18 anos, um jogador que joga mais na frente, é grandão. São atletas que têm que ser preparados para disputar uma competição, de repente uma Taça São Paulo, para se avaliar. Isso seria o ideal.



B: Depois da final do Paraense, tu fizeste algumas críticas sobre os bastidores do Paysandu. Daquele tempo para cá, as coisas melhoraram?

C: O problema existe ainda, a gente não pode esconder, os clubes de futebol sempre têm esse problema, com pessoas que estão ali dentro para atrapalhar o nosso trabalho, mas deu uma melhorada. Você sabe que treinador daqui para trabalhar em Remo e Paysandu sempre tem que estar ganhando, é diferente dos treinadores de fora. Mas, graças a Deus, tenho sido abençoado e conseguido as vitórias.



B: Quais os teus planos para depois do Brasileiro?

C: Primeiro quero levar o Paysandu à Série B e, depois, quem sabe, voltar como estive há dois anos, no Rio de Janeiro, no Carioca, pelo Cardoso Moreira, ele me deu a oportunidade de poder voltar e deslanchar na carreira.



B: E o Flamengo?

Charles: No Flamengo deram oportunidade para eu voltar e trabalhar com a base, mas estamos conversando. Mas, o meu pensamento agora é o Paysandu e me firmar, levando o clube para a Série B, porque não posso abandonar o clube agora. O grupo está fechado comigo. Eu tenho o grupo na mão.


Texto: Diário do Pará.