terça-feira, 20 de julho de 2010

Sofrimento, suor e vitória azulina.

Para o fenômeno azul, foi difícil, cheio de susto. Mas a estreia do Remo na Série D foi o primeiro passo para os azulinos atingirem o acesso à terceirona. A vitória justa, apesar de sofrida, foi de

2 a 1 contra o Cametá, no Mangueirão. O fato é que o primeiro tempo foi quase um ataque do Leão contra as defesas de Evandro, goleiro do Cametá. A etapa final foi mais equilibrada, até Adriano salvou um gol certo. Mas, a julgar pelo número de oportunidades criadas, natural os três pontos a favor do time da capital no duelo paraense da primeira rodada do Grupo A. No início, o visitante sequer manteve o mínimo de organização. Apesar dos gritos desesperados do treinador Mário Henrique, o Mariozinho, o Remo seguiu atacando. Foram 12 chutes a gol. E no mínimo, quatro defesas de alto nível do goleiro Evandro, do Mapará. Antes de abrir o placar, somente dois momentos perigosos a favor dos donos da casa. O primeiro, com Balão. O segundo com Ferreti. Já o Remo, não cansou de chegar! Landu dividiu com o goleiro e, por pouco, não conseguiu o primeiro gol, antes de o primeiro minuto de jogo se consumar. Aos sete, foi a vez do lateral Lima chutar cruzado e Evandro defender. Na sequência, meio que no susto, Zé Carlos não concluiu com perfeição e Evandro voltou a afastar.

E seguiu a blitz remista! Aos 20, a zaga cametaense entregou o ouro e o volante Júlio Bastos, de frente para a meta rival, finalizou. Caprichosamente, a bola foi para fora. Um minuto depois, Gian cobrou falta e Pedro Paulo, quase na pequena área, não conseguiu se esquivar a tempo para cabecear a bola corretamente. Aos 28, uma outra ‘força’ do Cametá e nada! O meio-campo errou na saída de bola e Gian lançou Marlon. O lance terminou com Zé Carlos em condições de marcar. O goleiro pôs para escanteio.

Depois, o auge de Evandro. Lembram do goleiro Gordon Banks, que salvou a seleção inglesa após uma cabeçada do craque Pelé na Copa de 1970? Pois é. Evandro fez quase o mesmo aos 31 minutos, numa nova tentativa de Zé Carlos. O cenário comprova que o visitante estava mal posicionado, inclusive, para explorar a velocidade e experiência da dupla de ataque Balão e Jaílson. Por incrível que pareça, coisas do futebol, diriam, o Cametá abriu o placar! Aos 36, Balão, aproveitando a indecisão da zaga remista, acertou um chute forte e preciso no ângulo esquerdo de Adriano. Golaço! Antes do fim da etapa inicial, ainda deu tempo para Gilsinho concluir errado e, então, Marlon funcionar como zagueiro, facilitando a defesa de Evandro.

SEGUNDO TEMPO...

Aos nove da etapa final, como de praxe, Evandro voltou a agir e fechou o gol para Zé Carlos. Mas, a zaga não ajudou o goleiro e, na sequência, Gilsinho cabeceou, livre de marcação, para deixar tudo igual. E por ironia, o empate ocorreu justamente quando o Mapará estava mais competitivo. Jaílson, duas vezes, e Balão, também duas vezes, tiveram chances de marcar. As chances criadas e desperdiçadas seriam como desconfiar demais da máxima que envolve um time grande. Aos 36, um contra-ataque veloz do Leão. Zé Carlos rolou para Vélber chutar cruzado e virar o placar. O último momento de perigo do jogo foi responsabilidade de Balão, que tentou encobrir Adriano. Contudo, a bola explodiu no travessão.

Texto: Diário do Pará.