sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Paysandu quer se firmar como um visitante abusado na terceirona

O meia Thiago Potiguar atuou nas três primeiras partidas como atacante, mas quem assistiu às suas boas atuações sabe que, além de ir à frente, ele também vira uma espécie de quinto homem no meio-campo. Embora afirme que atuar de costas para o gol não seja sua especialidade, para ele, o importante é atender as orientações do técnico bicolor. Por enquanto, tem dado certo.

"O Charles me orienta a fazer o que sei, seja no meio ou ataque. Lá na frente, estou ajudando e até volto um pouco, porque não gosto de esperar a bola", afirma o meia.
Thiago Potiguar encara o jogo de domingo como decisivo para que o Papão se aproxime de uma das vagas para a segunda fase da Série C. Segundo o armador, é a hora do Paysandu se firmar como um visitante incômodo.

"Não cheguei a jogar em Santarém no Estadual e estou ansioso. Espero que tenhamos uma apresentação semelhante à de Fortaleza. O grupo está bem, fechado e unido, além de trabalhar muito. Os treinos de Charles são muito bons e há uma total concentração em subir (à Série B) com o Paysandu", disse. "No entanto, para vencer, temos que fazer gol. Faltou mais um no último domingo, mas futebol é assim mesmo. Estamos treinando para que, contra o São Raimundo, não percamos tantos gols. Seremos sempre um visitante abusado", finalizou.

Nos primeiros jogos, caçado em campo, Thiago não sentiu tanta diferença no tratamento dado pelos marcadores. A diferença, ele brinca, é apenas a força das pancadas dos zagueiros. "Recebo a bola de costas para o defensor, o que não é bom. Por isso, sempre volto (ao meio-campo) para buscá-la."

Ao lado de Fabrício, Thiago Potiguar forma a dupla pendurada com dois cartões amarelos. Se acalmar os ânimos, o armador pode evitar os próximos cartões, mas adianta que, se necessário, não tirará o pé em nenhum lance.

"Durante a partida, ficamos de cabeça quente", explica. "Contra o Fortaleza, fiz uma falta que não deveria. Foi até um lance infantil e levei um puxão de orelha dos (jogadores) mais experientes. Faz parte do jogo. Se tiver que matar uma jogada perigosa do adversário e levar cartão, faço a falta... não tem como. Brigo para jogar e não ficar de fora, mas vou me controlar mais", confirmou Thiago.

Fabrício corrobora a opinião. "Sim, é uma situação que preocupa, mas o importante é vencer. Se tiver que levar um cartão em um lance de jogo, não pensarei duas vezes. Uma partida de cada vez", afirmou.


Texto: Amazônia Jornal