Na quinta-feira o zagueiro Paulão fará uma avaliação médica para saber se poderá ser liberado para os treinos no Paysandu. As chances de ele voltar a trabalhar com o elenco não são pequenas, mas a dele se manter como titular para a partida de domingo diante do Águia, na Curuzu, válida pela terceira rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, são. Serão poucos dias até o jogo depois de mais de uma semana sem fazer nenhum tipo de treino. Com isso, as chances de Leandro Camilo ter um novo companheiro de zaga são grandes. Rogério Corrêa e Da Silva, nessa ordem, lutam pela vaga.
Rogério parece sair na frente. No elenco desde o Parazão, o jogador é bem mais entrosado com os companheiros. O técnico Charles Guerreiro, por enquanto, não abre o jogo, mas o amistoso da última sexta-feira é um indicativo que deve permanecer no time. Na vitória contra o Independente de Ourém, Rogério foi ao lado do lateral direito Cláudio Allax os únicos que não foram substituídos. O experiente zagueiro garante estar pronto caso seja o escolhido.
"Desde que saí do time na final do primeiro turno eu continuei trabalhando, buscando meu momento. Até hoje continuo assim, sempre com o pensamento de ajudar a subir de divisão. Se tiver essa chance vou dar de tudo", disse. "Estou pronto. Tive uma boa participação no amistoso, que serviu para afastar qualquer dúvida por causa dos problemas de lesões que tive. Para se ter ritmo tem que jogar, eu tive a oportunidade de jogar os 90 minutos sem problema algum, o que prova que fisicamente estou pronto", completou Rogério.
Para ele, as críticas recebidas pela defesa bicolor após os dois gols sofridos para o time acreano não podem esconder uma boa atuação no geral. Ele lembra que se tratava do primeiro jogo na competição e que nesses momentos erros bobos acabam acontecendo. "Falhas sempre existirão, mas na estreia houve um pouco de ansiedade, algumas falhas de cobertura que são compreensíveis. Também viramos rápido o jogo e pode ter havido um relaxamento, mas o jogo foi tranquilo e tenho certeza que essas coisas não acontecerão de novo."
No amistoso da semana passada, Rogério recebeu uma pancada e passou parte do jogo sentido o baque. A "sorte" do jogador para lances como esses já é motivo de piada dentro do elenco. "Levei uma ‘paulistinha’ na coxa, num escanteio. Fiquei um tempão batendo o pé, mas foi só um susto. No intervalo o (auxiliar-técnico) Lecheva até brincou comigo que sou sempre o primeiro a apanhar e que estava sob olho mau olhado", lembrou Rogério.
"Concorrente" diz estar pronto
Por mais que Rogério seja o mais cotado para assumir a vaga, se ela for de fato aberta, Da Silva está de prontidão. Revelado pelo Remo e, depois de uma passagem por Juventude-RS e Anapolina-GO, contratado esse ano pelo Papão, o jogador se diz mais que pronto para assumir a responsabilidade de estrear com a camisa bicolor. "A intenção é jogar, trabalhar para conquistar essa oportunidade e corresponder em campo. Sou um jogador mais experiente depois de minha experiência no sul do país. Se puder jogar todos notarão isso", confirmou Da Silva.
Para ele, a cobrança feita sobre os jogadores é natural e tem que se saber conviver com ela. Por mais que o time venha bem, o torcedor sempre buscará um algo a mais. "Sabemos do potencial dos nossos jogadores e da pressão que eles sofrem. Jogar aqui em Belém não é fácil. Eu estou pronto e a torcida sabe o que posso fazer", disse. "Pressão tem em todo lugar. Aqui é diferente porque a torcida está sempre presente em cima da gente. Jogar aqui é um grande teste para qualquer um", finalizou Da Silva.
Texto: Amazônia Jornal
