Quem foi à Curuzu para assistir ao treinamento do Paysandu teve uma surpresa com uma cara nova. Aliás, não tão nova, já que o atacante Moisés - ou "Messias", como foi chamado pela torcida bicolor após a conquista do 1º turno do Parazão, quando fez dois gols no empate com o Remo e garantiu o título - é bastante conhecido dos torcedores. Mas, desde que sofreu uma fratura na fíbula da perna esquerda, ele estava de repouso - quando não, fazendo trabalhos específicos longe do Leônidas Castro. Ontem, depois de quase três semanas, ele voltou aos gramados.
Ainda devagar, deu apenas algumas voltas ao redor do campo, observando o treino dos companheiros. Parece pouco, mas para quem está longe dos gramados há tempos, foram passos muito importantes. "Acho que começo ainda hoje (ontem). Já fui para a academia e à tarde espero correr um pouco. Quero voltar a me movimentar", comentou Moisés, ainda de manhã.
O atacante garante que não sente mais nada, mas deixa claro para a torcida que, para a segunda partida do Papão na Série C, dia 1º de agosto contra o Águia, em Belém, em jogo válido pela terceira rodada da competição, ele ainda estará de fora dos planos do técnico Charles Guerreiro. Realista, ele sabe que precisa recuperar o melhor condicionamento físico e isso, por mais que haja muito esforço, demanda tempo.
"Não sinto mais nada. Estou bem melhor e falta o mais fácil agora, que é recuperar a condição física", disse. "Acho que não dá para jogar nessa segunda partida. Quero voltar somente quando estiver bem e tenho que entrar em forma", completou Moisés. O terceiro compromisso bicolor na Terceirona é no dia 7 de agosto, contra o Fortaleza-CE, fora de casa.
Da arquibancada da Curuzu, ele viu o Papão golear o Rio Branco-AC e o ataque funcionar a mil por hora. O jovem atacante comemorou a vitória e os pontos, mas mandou o recado que quando voltar, vai reaver a camisa de titular, seja quem estiver com ela.
"É claro que sinto muita falta de jogar. Infelizmente, aconteceu esse acidente bobo e tenho que esperar, são coisas do futebol. Agora aviso logo: respeito a todos, mas quando voltar, vou lutar para recuperar meu lugar lá na frente. Quero a camisa 11 de volta."
Texto: Amazônia Jornal
