sexta-feira, 16 de julho de 2010

Novo reforço azulino tem uma recepção calorosa.



Pouco depois das 16h, Márcio Loyola desembarcou em Belém. Era para chegar às 14h50, mas o voo atrasou. O lateral-esquerdo deu entrevistas e parecia assustado com a recepção calorosa. Até uma torcedora pediu para fotografá-lo. “Isso acontece quando você está jogando numa grande equipe. O Remo tem uma grande nação. Isso é normal”, assim, foram as suas primeiras palavras na capital paraense. “Sei que é uma torcida fantástica e, com ela a nosso favor, dificilmente, seremos batidos”, exaltou.

Loyola comentou que busca aliar futebol de força com técnica “Eu marco bastante, jogo no 4-4-2 e também no 3-5-2, isso vai de cada treinador, da opção tática que ele deseja”, declarou. “Ele gosta de apoiar bastante”, revelou o meia Júlio Bastos, que, ao lado de Gilsinho, já atuou com o novo reforço remista. Aliás, será a primeira vez de Márcio Loyola como pupilo de Giba. “Nunca trabalhei com ele, mas já o conheço de jogar contra em São Paulo. É um grande profissional”, elogiou. Na sua apresentação, uma garantia: “Nunca fui um atleta chinelinho, de departamento médico, longe de mim”.

A entrevista corria e uma senhora roubou a cena. No aeroporto, diante da concentração de câmeras, microfones e fotógrafos, ela questionou: “Quem é que tá chegando? Deve ser importante, né?”, disse, saindo rápido, sem se identificar. Bem, se importante ou não, só o tempo dirá. O fato é que Loyola é uma aposta da diretoria de futebol, afinal, está há dois meses parado. “Demora uma semana ainda, acho que até duas (para jogar)”.

De acordo com o ala canhoto, a negociação se arrastavam há meses. “No final do Carioca, tivemos uma conversa para vir para cá, mas faltavam duas semanas para acabar o campeonato e eles (dirigentes do Volta Redonda, seu último clube) não iam me liberar”. Já no Baenão, vestido de azul-marinho, afastou a timidez inicial: “(O Remo) é um gigante adormecido! Fiquei bonito com esta camisa, modéstia à parte”, encerrou. 

Reforços para a meiúca são adiados

A aquisição de Márcio Loyola, que deve se consumar hoje com a conclusão dos exames cardiológicos do atleta, pode ter sido a última do Remo antes de a bola rolar para o início do Campeonato Brasileiro da Série D. A intenção de contratar um meia de ligação esfriou, segundo Abelardo Sampaio, diretor de futebol azulino. “Por enquanto não! Mas quem sabe...”, despistou, fazendo questão de expor um clima de dúvida.

Para quase desistir da busca, pesa um detalhe. “O grupo está bom. E olha, não temos parâmetro do nível da Série D”. Além disto, os cartolas esbarram no movimento pouco atraente do mercado do mundo futebolístico. “Não podemos trazer por trazer. Podemos até errar, mas temos que contratar pra resolver. Trazer alguém pra arriscar, não dá”, afirmou Sampaio.

Por fim, o dirigente esclareceu o espaço que seria fechado com o acerto. “Nossa correria era pra trazer um meia canhoto, para revezar com Gian, isso antes, para todos estarem no mesmo nível de preparação física e começarem o campeonato voando. Não deu certo os que queríamos e não vamos trazer quem está há muito tempo parado”, comentou. (Diário do Pará)

Foto: Mário Quadros.