sexta-feira, 16 de julho de 2010

Desistência agora é oficial .

As construtoras Agre e Leal Moreira oficializaram no último dia 8 a desistência da proposta original de compra do Baenão. O documento foi divulgado somente ontem à noite, pelo presidente Amaro Klautau, por meio do site oficial do clube. O comunicado apenas confirmou o que havia sido decidido em uma reunião realizada no dia 22 de junho, na qual as construtoras suspenderam as negociações com a diretoria remista.
Na correspondência, as empresas alegam que desistem da negociação, pelo menos por enquanto, por causa da falta de definição sobre os dois processos de tombamento que envolvem o estádio remista - o primeiro referente à fachada da Almirante Barroso e o segundo relativo ao próprio imóvel. Processos que seguem em estudo no DPHAC (Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural), órgão que é vinculado à Secult (Secretaria de Estado de Cultura).
"Apesar das reuniões junto à Justiça do Trabalho, que sempre demonstravam a boa intenção em vermos concluída a minuta e o contrato que seriam assinados entre as partes com a anuência dessa Justiça, atá a data de nossa reunião (22.06.2010) o processo de Tombamento continuava e continua indefinido, fato este em que sempre deixamos claro que não assinariamos qualquer contrato nessa situação ou em caso de deferimento ao pedido", justificam as construtoras.
No entanto, no final do documento, as construtoras deixam uma porta aberta para uma futura transação, afirmando que: "oficializamos a retirada de nossa proposta original (...) e colocamo-nos à disposição deste conceituado clube para iniciarmos nova negociação tão logo se confirme o indeferimento do pedido de tombamento e conforme seja do interesse do Clube do Remo."
A proposta original de compra do Baenão, aprovada em assembleia geral pelo Conselho Deliberativo do Remo, previa que em troca do terreno do estádio as duas construtoras se responsabilizavam pela construção da Arena do Leão, uma praça esportiva moderna localizada no quilômetro 17 da BR-316, em Marituba, com capacidade para 24.550 pessoas, no valor de R$ 18 milhões.
Além disso, as empresas também forneceriam R$ 14 milhões para a aquisição do terreno em questão e ainda para a quitação dos débitos do clube com a Justiça do Trabalho. Havia ainda a previsão de um patrocínio anual de R$ 1,2 milhão pelo período de dois anos.

Presidente azulino pede soluções
Ao mesmo tempo em que tornou pública a desistência das construtoras, o presidente Amaro Klautau convocou conselheiros, sócios e demais torcedores a apresentarem novas propostas que possam solucionar os problemas financeiros do Remo, que incluem dívidas nas esferas Trabalhista e Cívil e que podem causar em última instância a perda de parte do patrimônio azulino, como no leilão previsto para o dia 22 de agosto.
"Qualquer conselheiro ou sócio que tenha alguma Pessoa Jurídica ou Física disposta a apresentar proposta que possibilite a quitação dos débitos do clube, devem procurar a Comissão de Negociação CONDEL/CODIR, presidida pelo Dr. Hamilton Guedes", afirmou Klautau, em um longo texto postado ontem no site azulino.

[Amazônia Jornal]
Confira a nota sobre a desitência no site do Clube do Remo: http://www.clubedoremo.com.br/site/?action=Noticia.show&id=182