quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Leão com “pratos limpos”

Domingo, o time do Remo recebe o América-AM, no Mangueirão, pela quarta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. O jogo coloca frente a frente os líderes do Grupo A1 do torneio - ambos com cinco pontos ganhos. Por isso, o técnico Giba Maniaes quer todos concentrados desde já no importante compromisso. Segundo ele, esse foi o motivo do "puxão de orelha" que deu em seus atletas, domingo, após o empate por 1 a 1 com o time amazonense, em Rio Preto da Eva.

Na ocasião, ele mostrou grande insatisfação com a falta de atitude do time remista, que estaria jogando com espírito de "time pequeno", deixando de se impor diante de adversários de menor tradição e qualidade técnica inferior. Os jogadores, porém, garantem não se abaterem nem com os resultados dos últimos jogos nem com a bronca do treinador. Para o zagueiro Ênio, as críticas fazem parte do processo de amadurecimento da equipe.

"Sabemos que a Série D é uma competição diferente. Por isso, sempre queremos algo mais, nunca estamos satisfeitos. Por isso, a conversa que tivemos com o treinador foi uma coisa normal. Não foi lavagem de roupa suja, como estão dizendo. Ele só quis alertar o nosso grupo para uma coisa que ele achou importante. Não tem crise nenhuma e nem ameaça de dispensas", afirmou o defensor.

"Temos que entender que fizemos dois jogos fora de casa e conseguimos trazer dois pontos. Os nossos adversários é que perderam dois pontos em casa jogo. Agora, como vamos jogar duas vezes seguidas em nossa casa, nós é que teremos a obrigação de vencer. E nessa hora, determinação e raça valem muito. É isso que o nosso torcedor quer ver", ressaltou Ênio, referindo-se aos confrontos de domingo, contra o América, e do dia 15, contra o Cristal-AP.

O volante Didão foi outro que aprovou a conversa e considera a cobrança normal e necessária. Na visão dele, será preciso muito mais do que técnica para superar o adversário no duelo do próximo final de semana. "Sempre tem puxão de orelha. Ele (Giba) é perfeccionista e a gente quer melhorar para fazer uma boa partida. A gente sabe que os times estão nivelados. Nossa equipe é técnica, mas se cada um não der tudo de si, não chega a lugar nenhum. Precisamos entrar no jogo determinados e concentrados", argumentou.

O jogador admite que a situação poderia estar melhor, mas nega que a equipe esteja entrando em momento de crise técnica e tática. Didão entende que não há razões para as críticas. "Aqui não tem crise. Tivemos tropeços. Não adianta ficar fazendo drama. Estão fazendo crise onde não tem. Se vencermos bem o América, vão nos dar tranquilidade", desabafou o volante remista.


Texto: Amazônia Jornal